EM QUE PARTE DO CORPO VAI OS MEDICAMENTOS QUE TOMAMOS?

 


METABOLISMO DOS FÁRMACOS

Os seres humanos entram em contato com milhares de substâncias químicas estranhas, remédios ou xenobióticos (substâncias estranhas ao organismo) por meio da exposição intencional ou acidental aos contaminantes ambientais bem como através da alimentação. Felizmente, os seres humanos desenvolveram mecanismos para eliminar rapidamente os xenobióticos, de modo que estes não se acumulem nos tecidos e causem danos. 

A capacidade dos seres humanos de metabolizarem e eliminarem os fármacos é um processo natural que envolve as mesmas vias enzimáticas e os mesmos sistemas de transporte utilizados no metabolismo normal ao comermos.

Os fármacos e outras substâncias químicas ambientais que penetram no organismo são modificados por uma enorme variedade de enzimas. As transformações biológicas efetuadas por essas enzimas podem alterar o composto, tornando-o:

§  Benéfico

§  Prejudicial

§  Simplesmente ineficiente.

Metabolismo ou biotransformação dos fármacos: é o processo pelo qual os fármacos são alterados por reações bioquímicas no corpo.

Locais de Metabolismo dos Fármacos

Embora o fígado seja, em termos quantitativos, o órgão mais importante no metabolismo dos fármacos, todos os tecidos do corpo são capazes de metabolizar, em certo grau, os fármacos. Os locais particularmente ativos incluem a pele, os pulmões, o trato gastrintestinal e os rins.

O fígado é considerado a principal ''usina de depuração metabólica" dos compostos químicos endógenos (colesterol, hormônios esteroides, ácidos graxos e proteínas) e compostos químicos exógenos (xenobióticos). Os fármacos administrados por via oral (VO) são absorvidos pelo trato GI e, a seguir, liberados no fígado através s da veia porta. Essa via permite ao fígado metabolizar os fármacos antes de alcançarem a circulação sistêmica, um processo responsável pelo efeito de primeira passagem.

Por outro lado, os fármacos administrados por via intravenosa (IV), Intradérmica ou subcutânea penetram diretamente na circulação sistêmica e podem atingir seus órgãos-alvo antes de sofrer modificação hepática. O efeito de primeira passagem possui implicações importantes para a biodisponibilidade; a formulação oral de um fármaco que sofre extenso metabolismo de primeira passagem deve ser administrada numa dose muito maior do que a formulação IV equivalente do mesmo fármaco

Certos fármacos são inativados com tanta eficiência em sua primeira passagem pelo fígado que não podem ser administrados por via oral, devendo-se utilizar a via parenteral. Um desses fármacos é o agente antiarrítmico lidocaína, cuja biodisponibilidade é de apenas 3% quando administrada por via oral.

 Autor: Félix José

 

Postagem Anterior Próxima Postagem