2.13. INTRODUÇÃO
As
quino lonas são antibióticos formados por uma molécula de ácido carboxílico na
posição Três do anel primário. O ácido nalidíxico, isolado como subproduto da
cloroquina, foi a primeira quino lona disponibilizada para o tratamento das
infecções do trato urinário.
A
introdução das quino lonas fluoradas (ciprofoxacino e norfoxacino) foi um
grande avanço terapêutico. Esses fármacos têm uma ampla variedade de tratamento
antimicrobiano, porém, em virtude dos efeitos colaterais descobertos
pós-comercialização (foto toxicidade, cárdio toxicidade e hepato toxicidade),
diversos foram retirados de circulação (esparfoxacino, gatifoxacino,
clinafoxacino).
Novas
quino lonas foram surgindo de acordo com a deleção de resistência, aumentando,
cada vez mais, o espectro de ação; com isso, houve a necessidade de classificar
em gerações. Após cada geração, há um maior espetro de ação, sendo esta em
número de quatro. Esse sistema de classificação foi introduzido em 1997,
mostrando-se eficaz em associar os diferentes membros dessa classe de
antibióticos.
2.13.1. QUÍMICA
Estruturalmente,
as quino lonas são uma classe de drogas sintéticas formada por um núcleo
heterocromático bi cíclico, incluindo um grupo carboxílico, uma carbonila e um
átomo de azoto. Algumas fluoro quino lonas contêm um substituinte flúor na
posição 6 e uma molécula de piperazina na posição Sete.
2.13.2. MECANISMO DE AÇÃO
O
grupo carboxila na posição Três e o grupo cetona na posição Quatro são
considerados essenciais para a atividade das quino lonas. Por meio dessas duas
estruturas, serão estabelecidas pontes de hidrogênio com as bases da cadeia
simples do DNA bacteriano, que interfere na ação da DNA girase ou da
topoisomerase IV, impedindo a replicação, transcrição, reparação e recombinação
do DNA bacteriano e induzindo a morte celular.
As
quino lonas destroem a célula bacteriana por dois mecanismos: o primeiro seria
a falha na ação dessas enzimas que irá originar diversos erros em vários
processos nucleares, como na replicação de DNA bacteriano, o que compromete a
sobrevivência celular; o segundo seria que o complexo enzima-DNA alterado tem a
capacidade de fragmentar todo o genoma bacteriano. Assim, as quino lonas
transformam a DNA girase e a topoisomerase IV em toxinas celulares.
O
protótipo das Quino lonas agrupam-se em: primeira e segunda geração.